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The Jewish Museum is closed today.
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Roberto Burle Marx (1909–1994) foi um dos mais influentes arquitetos paisagistas do século XX, porém ele não é uma figura familiar fora de sua terra natal, o Brasil. Ele é melhor conhecido por suas icônicas calçadas litorâneas na praia de Copacabana e por seus projetos de jardins abstratos e geométricos. Mas sua obra abrange uma enorme gama de formas e estilos artísticos: Burle Marx era um pintor e escultor, designer de tecidos, joalheria, cenógrafo e figurinista; um cerâmico e artista de vitrais. Ele era um ávido colecionador de arte, um barítono talentoso, um cozinheiro consumado e um botânico e ecologista autodidata e visionário. Para ele, todas essas realizações eram igualmente importantes, uma faceta da outra.
O artista aderiu ao modernismo no início da década de 1930, quando o movimento começava a dominar o Brasil. Ele revolucionou a jardinagem com o uso de abstração e grandes toques coloridos da vegetação local, abolindo a simetria e rejeitando a flora e os modelos importados da Europa. Filho de um pai judeu alemão e de uma mãe católica brasileira, ele via a função do arquiteto paisagista em termos ideais: mitigar a perda do jardim primevo e reparar o abismo entre a humanidade e a natureza.
A arte de Burle Marx habita um espaço raro entre o racional e o lírico. A variabilidade da natureza era para ele uma força liberadora: em uma carreira de sessenta anos, ele projetou mais de dois mil jardins pelo mundo, descobriu quase cinquenta espécies de plantas, defendeu apaixonadamente o meio ambiente e criou pinturas e objetos de beleza rara e exuberante. O artista, que se chamava "o poeta de sua própria vida", deixou ao mundo um legado poético.
Os jardins de Burle Marx são obras de arte moderna, não somente por empregarem planos, formas abstratas e cores ousadas, mas também por causa do modo como se comportam: eles despertam a atenção de si mesmo em relação ao ambiente construído. Burle Marx foi um dos pioneiros na prática de um modo de trabalho contemporâneo: misturar gêneros de modo fluido, integrando a arte com questões política, como a ecologia e desconsiderando a separação tradicional de campos de atuação. Portanto, não é surpresa que os artistas de hoje o vejam como uma fonte de inspiração frutífera. Nesta exposição, sete artistas ligados à América Latina, todos nascidos depois de 1950, apresentam uma amostra de sua influência. São eles: Juan Araujo, Paloma Bosquê, Dominique Gonzalez-Foerster, Luisa Lambri, Arto Lindsay, Nick Mauss, e Beatriz Milhazes.
Jens Hoffmann
Diretor Interino, Exposições e Programas Públicos
Claudia J. Nahson, Morris & Eva Feld Curadoria
Esta exposição é organizada pelo Museu Judaico, Nova York, em cooperação com o Sítio Roberto Burle Marx, Rio de Janeiro.
Após sua apresentação no Museu Judaico em Nova York, a exposição viajará para o Deutsche Bank KunstHalle em Berlim, Alemanha e para o Museu de Arte do Rio de Janeiro, Brasil.